LULA JÁ NÃO É O FAVORITO, E O PLANALTO SABE DISSO

Por mais que o governo tente disfarçar, os sinais estão por toda parte. As duas últimas pesquisas eleitorais, divulgadas em dias consecutivos, revelam um movimento que não dá mais para ignorar: Lula deixou de ser o favorito para 2026.

Não estou dizendo que a eleição está decidida — longe disso. Mas o que os números mostram, e o que se sente nas entrelinhas de Brasília, é que o presidente perdeu o conforto que tinha. E, pior: perdeu apoio dentro da própria base.

O dado mais alarmante, que deve ter deixado muita gente de cabelo em pé no Palácio do Planalto, é este: 25% dos eleitores que votaram em Lula em 2022 agora consideram seu governo ruim ou péssimo. Um em cada quatro. Isso não é flutuação normal, é uma fratura.

Mas tem mais. Quando nomes como Tarcísio de Freitas, Zema ou Caiado são testados nas pesquisas, aparecem empatados ou colados no presidente — mesmo sendo desconhecidos por boa parte da população. Só Tarcísio, por exemplo, ainda é um nome estranho para cerca de 40% dos brasileiros. E mesmo assim, já rivaliza com Lula nos números.

Ou seja, não é que os adversários estejam crescendo porque são fortes. É Lula que está encolhendo porque o governo não convence.

Há um sentimento de decepção crescente, um desgaste precoce que vem se espalhando em silêncio. O que se esperava de Lula — estabilidade, articulação, protagonismo — ainda não apareceu com a força que se imaginava. E o tempo corre. Com menos de dois anos para a eleição, o cenário que antes parecia controlado virou incerteza.

A popularidade de um presidente não é estática, e tudo pode mudar. Mas, neste momento, a verdade nua e crua é esta: Lula já não lidera com folga, e o Planalto sabe disso.
A pergunta que fica: o que o governo vai fazer a respeito?
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