Há décadas o mês de novembro tem se tornado referência para atividades que inspiram a luta, resistência e, principalmente, a rebeldia do povo negro. Pensando nisso, a Biblioteca Municipal criou um momento de amplo debate e de discussão em torno da sociedade igualitária que queremos e dos caminhos para construí-la.
Na noite da última terça-feira, entre as estantes cheias de livros, muita arte e conscientização. Coordenada por Taline Sá, a noite, que teve a fé como tema central, começou com uma importante reflexão sobre falas racistas repetidas cotidianamente. Sobre cor, cabelo, estereótipos e a ideia de que há raças inferiores dentro da raça humana. Sobre preconceito, racismo e a dor causada por isso tudo.
Em seguida, parte do corpo de baile da Escola Dina Cardozo apresentou uma dança Afrobrasileira. Três meninas levaram cultura e beleza sob o ritmo dos tambores africanos. Ao final, Dina falou sobre sua experiência de mulher preta que se formou em uma universidade predominantemente branca e elitizada e sobre a dificuldade muitas vezes encontrada para criar filhos negros no meio de uma sociedade que ainda vive os absurdos do racismo estrutural.