CONGRESSO IMPÕE DURA DERROTA AO GOVERNO LULA III E ASSUME PROTAGONISMO POLÍTICO

O governo Lula III sofreu nesta quarta-feira uma significativa derrota política imposta pelo Congresso Nacional. A queda de braço ocorreu em torno de uma medida proposta pelo Executivo para aumentar impostos com o objetivo de cobrir um rombo no orçamento. A resposta do Legislativo foi categórica: Câmara e Senado derrubaram a proposta de forma contundente, num movimento visto por analistas como uma verdadeira demonstração de força institucional.

Embora o impacto direto da decisão seja grave — o problema fiscal permanece sem solução — o significado político da derrota é ainda mais profundo. O que está em jogo é o controle da agenda nacional. Parlamentares deixaram claro que pretendem assumir o protagonismo em pautas de forte apelo popular, como o custo da conta de luz e o debate sobre aumento de impostos.

Esse embate não ocorre por acaso. O pano de fundo são as eleições de 2026, mas também uma disputa mais ampla pelo poder de governar. O Congresso vem, há anos, ampliando seu domínio sobre a alocação de recursos públicos por meio das chamadas emendas parlamentares, o que já vem esvaziando prerrogativas do Executivo.

Agora, além de controlar parte significativa do orçamento, o Legislativo também bloqueia medidas propostas pelo governo, consolidando uma nova realidade: governar, hoje, passa necessariamente por negociar com um Congresso empoderado e cada vez mais autônomo.

A lição do dia é clara: o governo Lula III encontra-se acuado, não apenas do ponto de vista fiscal, mas sobretudo na disputa pela narrativa e pelo controle do espaço político. A capacidade de moldar a agenda pública, um dos principais instrumentos do poder, está cada vez mais nas mãos do Legislativo.
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