Política
Maioria dos brasileiros rejeita discurso que coloca pobres contra ricos, revela pesquisa Quaest

A tentativa do governo federal de alimentar uma narrativa de confronto entre classes sociais não tem encontrado respaldo entre a maioria da população. De acordo com a pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16 de julho de 2025), 53% dos brasileiros afirmam rejeitar o discurso que coloca ricos contra pobres, classificando essa retórica como nociva por aumentar a divisão e a polarização no país.
A pergunta feita aos entrevistados foi direta: “Com qual das opiniões você concorda mais? O discurso que coloca ricos contra pobres…”
A maioria respondeu: “Não está certo, porque cria mais briga e polarização.”
O resultado evidencia um desgaste crescente da narrativa adotada por integrantes do governo, especialmente em discursos que tentam justificar políticas públicas ou falhas de gestão por meio da criação de um “inimigo comum”, neste caso, os mais ricos ou setores produtivos. A estratégia, ao que tudo indica, tem gerado rejeição entre a população, que parece cansada de discursos divisionistas e da política de confronto permanente.
Para analistas políticos, o dado da pesquisa Quaest indica que o povo brasileiro deseja menos ideologia e mais soluções concretas. O país enfrenta desafios reais — como desemprego, insegurança, inflação e baixo crescimento — e a população quer que o governo trabalhe para unir e resolver, e não para inflamar antagonismos.
O recado das ruas e das pesquisas é claro: o Brasil quer paz, progresso e unidade — e não mais um cabo de guerra entre classes sociais. A insistência nesse tipo de retórica pode ter um alto custo político para o Palácio do Planalto, especialmente em um cenário de desgaste crescente e de fortalecimento da oposição rumo a 2026.
Se o governo não revir sua estratégia e continuar apostando na polarização, corre o risco de ampliar ainda mais sua rejeição entre os brasileiros — que, como mostra a pesquisa, já dão sinais claros de reprovação a esse tipo de discurso.