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ANA MOSER DIZ VER TROCA NO ESPORTE COM “TRISTEZA E CONSTERNAÇÃO”

Substituição por André Fufuca se deu para alocar o PP no governo; não foi citada em anúncio de reforma ministerial. Fonte: Poder 360.

A ministra do Esporte, Ana Moser, que deixará o cargo para a entrada de André Fufuca (PP-MA), conforme anunciado nesta 4ª feira (6.set.2023), disse em nota que viu a troca com “tristeza e consternação”. Ela ainda lamentou que as promessas de campanha para a área tiveram pouco tempo para serem implementadas.

“Esta gestão vê com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal, mas entende que este caminho apenas começou a ser trilhado”, escreveu o ministério.

A nota descreve como foi a reunião na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou à ministra que ela não continuaria mais no cargo. Moser foi recebida por Lula na 3ª (5.set), quando deve ter sido avisada da troca. A agora ex-ministra encontrou-se novamente com o presidente nesta 5ª feira (6.set) no Palácio da Alvorada.

Fufuca estava cotado para assumir algum ministério –até então não se sabia precisamente qual– desde o início de julho. À época, 3 pastas estavam na mira do Centrão, além do comando da Caixa Econômica Federal.

“Recebi a decisão do presidente Lula, a quem agradeço pela confiança, de que deixarei a direção do Ministério do Esporte. Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil, mas sei que entregamos muito, construímos muito e levamos a política do presidente Lula aos que tivemos contato de norte a sul deste país”, disse a ex-atleta.

Moser não foi citada na nota oficial do Palácio do Planalto que informou as trocas ministeriais desta 4ª, tampouco Lula publicou foto ou mensagem de desagravo a ela.

REFORMA MINISTERIAL

Lula anunciou a entrada do PP e do Republicanos em seu governo por meio de uma nota divulgada às 19h20 desta 4ª feira (6.set). Como já era esperado, o deputado André Fufuca (PP-MA) assumirá o Ministério do Esporte e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o Ministério de Portos e Aeroportos.

A nota, divulgada pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), anunciou também a migração de Márcio França (PSB), que deixa Portos e Aeroportos e assume o recém-criado Ministério das Micro e Pequenas Empresas. O novo ministério será criado a partir de estrutura já existente no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

A nomeação e a posse dos ministros devem ser realizadas na próxima semana, depois de Lula retornar da viagem que fará à Índia para participar da cúpula do G20. O presidente embarca na 5ª feira (7.set.2023) e retorna em 11 de setembro. Assim, Lula passa a ter 38 ministérios (eram 37 no início do governo) e perde uma das mulheres de seu governo. Fica assim com 9 ministras e 29 ministros.

O anúncio oficializa a entrada de 2 partidos da tríade que formam o núcleo do Centrão. Além de PP e Republicanos, o grupo tem também o PL, atual partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal adversário de Lula. As 3 legendas deram suporte ao governo anterior no Congresso, mas, desde o início de seu 3º mandato, Lula tentou atrair as siglas para sua base de apoio.

As negociações com PP e Republicanos duraram 2 meses e começaram com outros ministérios na negociação. Inicialmente, Lula havia oferecido o Ministério do Desenvolvimento Social para o PP, em conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O atual titular do cargo, Wellington Dias (PT), resistiu a deixar o posto e conseguiu arregimentar o apoio do PT. Contou também com a ajuda da primeira-dama, Janja Lula da Silva, para ficar no governo.

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