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Rejeição ao Governo Lula atinge 53% e se concentra no Sudeste, onde oposição avança rumo a 2026

A terceira gestão do presidente Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário preocupante de desgaste popular. Segundo pesquisa realizada entre os dias 10 e 14 de julho com 2.004 entrevistados, 53% dos brasileiros desaprovam o atual governo, enquanto apenas 43% demonstram aprovação. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O levantamento foi divulgado em um momento delicado para o governo, marcado pelo impacto do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mesmo com uma intensa campanha do governo para tentar atribuir os efeitos negativos à oposição, os dados da pesquisa mostram que essa estratégia não surtiu efeito.
O maior foco de rejeição está justamente na região Sudeste, que concentra cerca de 42% do eleitorado nacional. Composta por estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo — todos com governos alinhados à oposição — a região tem se mostrado cada vez mais crítica à condução do governo federal. A desaprovação na região já é considerada decisiva para os rumos da eleição de 2026.
Nas ruas e nas pesquisas, é evidente o descontentamento com a condução econômica, a escalada da insegurança institucional e o distanciamento do governo em relação às pautas do setor produtivo. Empresários, profissionais liberais e trabalhadores apontam uma desconexão crescente entre Brasília e o “Brasil real”.
Caso esse cenário se mantenha, o Sudeste poderá ser o epicentro da virada eleitoral em 2026. É nessa região que a oposição tem ganhado força, se consolidando como alternativa viável ao atual projeto político. Lideranças oposicionistas já se articulam para ampliar seu espaço e capitalizar o descontentamento popular, enquanto aliados do presidente soam o alerta vermelho.
A mensagem das urnas está sendo desenhada com clareza: ou o governo muda sua rota, priorizando resultados concretos e abandonando a retórica ideológica, ou enfrentará um revés histórico. O Sudeste — que já decidiu eleições no passado — pode novamente ser protagonista. Mas desta vez, sinalizando o fim do ciclo petista no poder.
Com a paciência da população se esgotando e os números mostrando queda contínua de apoio, a região Sudeste pode ser o ponto de partida para a vitória da oposição em 2026.