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PROFESSORA QUE INTEGROU GRUPO DO GOVERNO COMEMOROU ATAQUE DO HAMAS

Francirosy Barbosa ajudou a produzir relatório de enfrentamento ao discurso de ódio e ao extremismo no Brasil. Fonte: Poder 360

Uma professora que integrou um grupo de trabalho do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania repostou uma publicação no X (antigo Twitter) que celebrava o ataque do grupo extremista palestino Hamas a civis israelenses. A postagem também diz que a ação é o “início do desaparecimento” do Estado sionista de Israel.

Francirosy Barbosa, que leciona antropologia na USP (Universidade de São Paulo) no campus de Ribeirão Preto e é especialista em estudos sobre o Islã, também fez uma postagem em seu perfil onde declarou “apoio total à luta do povo palestino”. Depois, ela apagou seu perfil no X.


Francirosy fez parte do grupo de trabalho que produziu um relatório de recomendações para o enfrentamento ao discurso de ódio e ao extremismo no Brasil. O documento foi finalizado em julho de 2023.

Em contato com o Poder360, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que Francirosy não trabalha e nem trabalhou no ministério, mas apenas contribuiu com o grupo de trabalho como parte de uma equipe da sociedade civil composta por especialistas no tema. Conforme o ministério, ela não recebeu qualquer remuneração do governo por sua participação no relatório.

O jornal digital também procurou a professora Francirosy Barbosa por e-mail para comentar sobre as publicações. A docente explicou que suas manifestações foram uma resposta ao “colonialismo” praticado pelo Estado de Israel na Palestina e que repudia tanto as ações do Hamas quanto a resposta do governo israelense que causaram a morte de civis.

“Eu nunca comemorei o ataque do Hamas, por sinal, nem o nome do Hamas eu citei. O que aconteceu é que eu estava em viagem e vi que estava tendo ataques – e escrevi que era uma resposta ao “colonialismo”. Não houve menção ao Hamas. Eu repudio completamente a morte de civis dos 2 lados. Infelizmente, eles não se apropriaram do comentário que escrevi para que não confundissem esse enfrentamento com as religiões/pessoas religiosas e pedia que as pessoas não fossem antissemitas e islamofóbicas”, disse Francirosy.

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